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sábado, 1 de agosto de 2009

Satélites


Tem pessoas que acreditam que podem prever os erros e que não apostar é a forma correta de levar a vida.
Eu sou o contrário! Se algo me agrada eu assumo o risco. E seja o que Deus quiser.
Deus?
Não posso falar dele para pessoas programadas e céticas. Que Acreditam que podem ditar as regras em tudo.
O que é verdade e o que é mentira!
Creio que o verdadeiro nome do meu Deus é força de vontade!
É o sol, uma planta crescendo, uma enchente, um nascimento ou uma morte!
Creio que se eu não me jogasse pela vida.Eu não teria a sorte de aprender que o toque certo e cafajeste em um corpo feminino junto com a pressão necessária que devo fazer do meu corpo contra o dela aceleraria seu processo de lubrificação. Ou entre momento certo para palavra delicada ou a obscena no ouvido.
Não vislumbraria tantos corpos e orgasmos!A caminho do paraíso.
Não almoçaria com o pedreiro, jantaria com o delegado e dormiria com a produtora de teatro.
Não jogaria bola com um advogado ou xadrez com vendedor de café! Não entenderia o universo fabuloso dos fliperamas onde a vitória sobre os meninos de rua descalços era emocionante. Foi ali que descobri como eles são tão iguais a mim. E como privamos eles de serem melhores que nós.
Aprendi no acerto e erro.
Errei mais que acertei.
Mas, como tudo que aprendo eu jamais esqueço. Tudo vira sensatez.
Recuso-me a usar um preservativo para emoção. Viver tentando controlar o que passa ao meu redor.
Vejo muitos vivendo como estrelas e tendo amigos satélites!
Sugando emoções para alimentar o amor própio.
A vida é descontrolada!
E como começa acaba! Carrego e não reclamo da minha carga.
Não acreditam na energia chamada Deus! Imagine se eu lhes falar de karma!
Minha ânsia por descobertas. Descamba em conhecimento. No meu e no alheio.
Não posso podar-me.
Tem quem viva assim!
Eu não!
Como não expressar uma sensação. Se mostrar falho é arriscado?
E preferir envelhecer ao lado de quem for mais confortável?
Quero cair! E saio mais forte a cada tombo.
Sinto-me vivo!Tendo dias calmos por sabedoria e não por medo e covardia.

Marcelo Aranha