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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Norte!


Toda vez que procuro o meu norte.
Vou escrever.
Mas, minha bússola sempre esteve com defeito.
Pois, ela só aponta para você.
Sou um adjetivo saudosista sem sujeito!
Resignado tentando me reconhecer.
Por onde começo?Se nem mesmo sei onde é o fim.
Qual o preço de implodir?
Absorvo minhas tensões. E sofro muito se as deixo sair.
Na realidade são desilusões!Que sobrevivem e dão vida para mim.
Elas tem vida própria.
E me guiam na desordem que é viver.
Pois, certa é a morte proposta.Certo é o sofrer!
Nunca estamos satisfeitos?
Se é a única certeza!Pra que tanto orgulho?
Não sonho com tudo perfeito.
Assim faço estradas e derrubo muros.
Se for pra sorrir falso. O melhor é não sorrir.
Se for pra ter amor aos pedaços!Melhor não sentir!

Marcelo Sales

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Anos 80


Na minha adolescência não havia mp3, pagodão baiano e nem celular!
Orelhão era de ficha, quase ninguém tinha cartão de crédito e van era kombi.
Ficávamos ao lado do aparelho de som esperando a rádio tocar os hits do momento para que os registrássemos em fitas cassetes pra lá de usadas. Colocávamos um papel preso com durex para puder regravá-las. E quando tínhamos muita sorte o locutor não falava durante a musica.
Catástrofe era quando uma partia.
Era executada uma verdadeira operação para recuperar a tal fita.
Pois, acreditem uma fita cassete era muito cara.
E adolescente não andava com dinheiro na minha época.
Se você tinha uma fita cromo tirava onda!Cromo era a fita que tinha melhor qualidade.
Era uma verdadeira caça ao tesouro. Já que nem todos tinham como comprar os vinis.
Drogas? Nem disso se falava.
Festa?As festas eram baseadas no principio que homem levava bebida e mulher comida.
Não havia drogas. Mas, estávamos chapados de adrenalina e da melhor droga inventada. A alegria.
Não existia vinho de plástico a solução era comprar os garrafões de 5 litros. A comida era um caso a parte. Éramos vitimas das experiências culinárias das garotas. Havia salgados que não sei o que eram até hoje.
Cerveja?Quem tinha dinheiro pra isso?
Era difícil ficar bêbado.
Primeiro não tínhamos a intenção de beber muito. Já que não tínhamos problemas para esquecer.
O mais grave problema que tínhamos era algum teste na escola durante a semana.
Eu era encarregado do som!O cara! Naquele tempo usávamos módulos.
Um amplificador, um tape-deck e um pick-up.
Para que as pessoas jogassem as cajás! "Significado: dançassem muito!"
Quando a festa era chique tinha luz negra e estrobóscopica. Poucos recursos. Mas, tínhamos o mais importante a alegria e a excitação.
E dançávamos muito!
Todo tipo de musica. Boa musica.
Lembro que as musicas românticas eram geralmente um momento de tensão entre os garotos.
Pois, se a garota não aceitasse dançar com você. Era encarado como rejeição e assunto de gozação por um bom tempo. Mas, quando aceitava era excitante demais. O contato de dois corpos descobrindo os hormônios era faísca pura.Geralmente não dava em nada.Mas,nem precisava!
Nas musicas agitadas era lindo e doido fazer as coreografias. Pura diversão!
Pura melancolia agora!Recheada de saudades e agradecido por ter crescido numa época de boa musica.
Nos dias da semana o máximo que ficávamos a conversar nos playgrounds era das 19h00min ás 21h30min.
Eu era sortudo morava em uma casa. Não em prédios.
Surgia geralmente o pai de alguma garota e educadamente lembrava que teríamos aula no outro dia."TÀ NA HORA! OLHA A AULA AMANHÃ!"
Seguidos de um sonoro e sério boa-noite!
Época da aceitação e dos traumas ridículos. Eu encanava com minhas roupas.
Quem comprava eram meus pais. Sem a mínima possibilidade de acordo ou escolha.
Compravam pelo preço e não pela estética.
Aquilo me revoltava.
Pra comprar uma conga tinha que implorar! A conga do futebol!
O futebol era na rua. No asfalto quente.
A conga parecia uma colcha de retalhos!Pois, tentávamos dar uma sobre vida a ela.
E homem usava rosa - choque de boa!Ê anos 80.

"Obs:Todas as fitas cassetes piratas que depois comprei nos câmelos faltavam alguma musica. E o que eu tinha de mais tecnológico naquele tempo era um walkman amarelo que os câmelos diziam ser à prova de água!"

Marcelo Aranha

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Mensagem subliminar explícita!

Se tiver um tempo visite:
http://blog.uncovering.org/

domingo, 16 de agosto de 2009

Definitivamente, os virginianos são violentos!


Uma cerveja ao lado do computador, uma mulher deitada na cama e um homem calado
Que trabalha as idéias e sentimentos
Tendo muito que refletir. Ele ainda não acredita que elas lhe falaram aquilo.
Três mulheres totalmente diferentes lhe falando a mesma coisa?
Falando que ele é a resposta as suas buscas. Que a espera delas acabou.
Talvez para elas. Pois, ele sabe o que é e quem é o seu norte.
Engraçado!Uma levou um ano para se decidir, outra levou semanas e a mais interessante um dia.
Ouviu a mesma coisa falada de formas diferentes na mesma semana.
Fugia de uma, caía no colo da outra.
Descobriu que agir sereno e calmo. Acalma e afaga as dores alheias. Com isso sufoca a sua própria dor.
Mas, definitivamente não quer colher os frutos por ser um absorvente de egos e carências.
Nenhuma delas entendeu que quando estava com elas ele apenas buscava relembrar uma. Que havia reconhecido nelas algo da mulher que buscava.
Que ela é a mescla das três.
Risonha, bocó, inteligente, despojada, sexy, feia, bonita e enfim única.
Teve que explicar e ensinar que ele tem um lado maquiavélico e que não é um homem bom.
Apenas afogou-se junto com elas. Companheiros de solidão!
Mas, que vínculos são para o amor e não para coroar uma noite de bebida e euforia.
E que a cama foi apenas uma maneira de não pensar na amada quando ele fosse dormir.
Não ficou lisonjeado. E sim sentiu o contrário
Ficou de si enojado.
E decidiu se fechar mais.
E quanto mais fechado!Mais instigante se tornou. Quanto menos ele riu.
Mais risos provocou.

Marcelo Aranha
"Texto escrito ao som de Green Day - Wake Me Up When September Ends "
"LEIA NO VOLUME MAXÍMO"

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sabedoria de rua

Não existe esse papo de colocar só a cabecinha. Pênis não tem ombro.

domingo, 2 de agosto de 2009

Filme

Se puder assista um filme chamado "O visitante"
Renda-se, como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector

sábado, 1 de agosto de 2009

Satélites


Tem pessoas que acreditam que podem prever os erros e que não apostar é a forma correta de levar a vida.
Eu sou o contrário! Se algo me agrada eu assumo o risco. E seja o que Deus quiser.
Deus?
Não posso falar dele para pessoas programadas e céticas. Que Acreditam que podem ditar as regras em tudo.
O que é verdade e o que é mentira!
Creio que o verdadeiro nome do meu Deus é força de vontade!
É o sol, uma planta crescendo, uma enchente, um nascimento ou uma morte!
Creio que se eu não me jogasse pela vida.Eu não teria a sorte de aprender que o toque certo e cafajeste em um corpo feminino junto com a pressão necessária que devo fazer do meu corpo contra o dela aceleraria seu processo de lubrificação. Ou entre momento certo para palavra delicada ou a obscena no ouvido.
Não vislumbraria tantos corpos e orgasmos!A caminho do paraíso.
Não almoçaria com o pedreiro, jantaria com o delegado e dormiria com a produtora de teatro.
Não jogaria bola com um advogado ou xadrez com vendedor de café! Não entenderia o universo fabuloso dos fliperamas onde a vitória sobre os meninos de rua descalços era emocionante. Foi ali que descobri como eles são tão iguais a mim. E como privamos eles de serem melhores que nós.
Aprendi no acerto e erro.
Errei mais que acertei.
Mas, como tudo que aprendo eu jamais esqueço. Tudo vira sensatez.
Recuso-me a usar um preservativo para emoção. Viver tentando controlar o que passa ao meu redor.
Vejo muitos vivendo como estrelas e tendo amigos satélites!
Sugando emoções para alimentar o amor própio.
A vida é descontrolada!
E como começa acaba! Carrego e não reclamo da minha carga.
Não acreditam na energia chamada Deus! Imagine se eu lhes falar de karma!
Minha ânsia por descobertas. Descamba em conhecimento. No meu e no alheio.
Não posso podar-me.
Tem quem viva assim!
Eu não!
Como não expressar uma sensação. Se mostrar falho é arriscado?
E preferir envelhecer ao lado de quem for mais confortável?
Quero cair! E saio mais forte a cada tombo.
Sinto-me vivo!Tendo dias calmos por sabedoria e não por medo e covardia.

Marcelo Aranha