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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O que me mata!



Melancólico caminho até o alto do monte
Observo a linda vista...
Os vales, os pássaros e as flores.
Bom que isto exista.
Mas, não ameniza minhas dores.
Desde que se foi
Não sinto o chão
Perdi o meu norte.
Agora nada mais impede que eu me doe
A tosca saída da morte.
Salto para o precipício.
Plano como um pássaro.
Bem leve no inicio.
Espirito pesado
No frio da queda lembro o frio de sua partida.
Saudades dos orgasmos
E da comunhão de nossas vidas.
Chego ao chão como um soco
Som seco, som oco.
Sangue assustado sem querer sair
Ossos triturados e fora de seus lugares.
Neste instante te senti.
A dor vai a níveis insuportáveis
Tento te enxergar. Mas, meus olhos são só sangue.
Com corpo torto e tosco.lembro como era antes.
Tento me erguer
Chegar á você!
Movimentos lentos e menos dolorosos que a sua falta.
Ossos desencaixados movimentando-se em agonia
Empurrados por minha alma e ideologia.
Fico de pé e passo a passo vou até você.
Na hora do abraço você se afasta deixa eu cair e me observa morrer.
Não é a queda que me mata.O que me mata é ficar sem você!

Marcelo Aranha